v. 14 n. 3 (2020): SETEMBRO-DEZEMBRO
SETEMBRO-DEZEMBRO

Abrimos o terceiro número do volume 14 analisando a existência de cointegração no Mercado Integrado Latino-americano (MILA), após a entrada do México. Na opinião de Eduardo Sandoval Álamos (da Universidad Tecnológica Metropolitana, Chile) e Fernando Olea Rodríguez (da LVA Índices), os testes metodológicos não detectam uma relação de equilíbrio de longo prazo entre os quatro participantes. No entanto, essa relação é detectada para a relação Chile-Colômbia-México; para Chile-Colômbia e para Colômbia-México, respectivamente. Com base no número de relações de cointegração e na posição financeira líquida de cada mercado, os autores concluem que a Colômbia e o Chile foram beneficiados pelas suas empresas emissoras. Estes são seguidos pelo México pelo lado dos investidores locais, que diversificam seus recursos nos demais mercados. O que menos se beneficiou foi o Peru, por não apresentar cointegração.

Nayara Gonçalves Lauriano e Gustavo Bastos Braga (da Universidade Federal de Viçosa, Brasil) procuraram verificar a influência do grau de inovação no nível de desenvolvimento econômico, considerando as disparidades de desenvolvimento no cenário global. A pesquisa utiliza dados secundários, destacando o Índice de Inovação Global e as classificações de países por níveis de receitas, adotados pelo Banco Mundial. Os autores verificam, estatisticamente, a relação entre o desempenho da inovação e as receitas dos países, e identificam as características de diferenciação que formam as condições de inovação entre os diversos grupos de receitas, confirmando o contraste entre os "pontos de partida", com base nos quais os países estabelecem seus próprios processos de inovação.

No artigo a seguir, Iuri Ribeiro Nobre e Otávio Ribeiro de Medeiros (da Universidade de Brasília - UnB, Brasil) analisaram o desempenho dos fundos mútuos de capital que operaram no Brasil entre 2005 e 2018, permitindo provar a hipótese de mercado eficiente (HME) durante esse período na sua forma semiforte. A amostra analisada consta de 106 fundos de investimento de capital com carteiras que negociam no mercado de valores brasileiro (B3). Quanto à metodologia, para cada fundo, foram estimadas regressões baseadas em CAPM e suas intercepções analisadas, o alfa de Jensen. Para os autores, os resultados obtidos com rendimentos brutos e líquidos, respectivamente, mostraram que apenas um fundo conseguiu vencer o mercado, o que sustenta a versão de HME semiforte.

O objetivo do artigo a seguir é compreender quais são os fatores determinantes que influem na orientação dos estudantes de graduação em Administração de Empresas em relação à RSE. Pedro Henrique da Silva Melo Pereira (da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, Brasil); Edicreia Andrade dos Santos (da Universidade Federal do Paraná – UFPR, Brasil); Jonatas Dutra Sallaberry e Januário José Monteiro (da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Brasil) realizaram uma enquete com 340 estudantes e analisaram os dados por meio de equações estruturais e análises de teste de variância. Para os autores, os resultados indicam que os valores pessoais afetam as dimensões da orientação da RSE. Especificamente, descobriram que o gênero feminino é mais propenso à orientação filantrópica da RSE. Os demais fatores não foram estatisticamente significativos para inferir diferentes comportamentos entre grupos, sejam eles políticos, religiosos ou voluntários.

Rosa, Fabrícia Silva; Lunkes, Rogério João; Alcindo Argolo Cipriano Mendes e Januário José Monteiro (da Universidade Federal de Santa Catarina-Brasil) estudaram o efeito dos investimentos, da globalização e da condição econômica no desperdício de alimentos. Os dados de 172 países, do banco de dados FAOSTAT da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, foram analisados utilizando modelos de equações estruturais. De acordo com os autores, os resultados mostram que os investimentos provenientes de fontes internacionais ou nacionais acabam impactando a redução do desperdício de alimentos. A globalização e a situação econômica do país causam um impacto positivo através da redução de perdas nas etapas iniciais do processo de produção.

O artigo tem por objetivo analisar os fatores que influenciam a intenção de fazer doações para Santas Casas de Misericórdia do Brasil. Para realizar este estudo, Raoni de Oliveira Inácio; Harrison Bachion Ceribeli; Israel José dos Santos Felipe e André Luiz De Abreu Ovídio (Universidade Federal de Ouro Preto, Brasil) utilizaram um modelo de equações estruturais para analisar os dados obtidos por meio de uma enquete. Os autores concluem que os construtos de credibilidade, confiança, compromisso, tipicidade e empatia obtiveram resultados que confirmam, como antecedentes, sua intenção de fazer doações. A tipicidade é a variável que mais influencia a intenção de uma pessoa para fazer doações.

Mais uma vez, queremos agradecer a todos aqueles que tornam possível o bom funcionamento da revista: aos membros do Conselho Consultivo, ao Conselho Editorial, Editores e Editores Associados da área, avaliadores, autores e, principalmente, aos leitores.

MULTINACIONALES, INVERSIÓN Y FINANZAS

Iuri Ribeiro Nobre, Otávio Ribeiro de Medeiros
O DESEMPENHO DOS FUNDOS MÚTUOS DE AÇÕES NO BRASIL NO PERÍODO 20052018
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RESPONSABILIDAD SOCIAL CORPORATIVA: INNOVACIÓN SOCIAL Y CREACIÓN DE EMPRESAS

Pedro Henrique da Silva Melo Pereira, Edicreia Andrade dos Santos, Jonatas Dutra Sallaberry, Januario José Monteiro
ORIENTAÇÃO À RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: UM ESTUDO SOBRE FATORES INFLUENCIADORES
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Raoni De Oliveira Inácio, Harrison Bachion Ceribeli, Israel Jose dos Santos Felipe, André Luiz de Abreu Ovídio
ESTUDO DA INTENÇÃO DE DOAR DINHEIRO PARA AS SANTAS CASAS DE MISERICÓRDIA BRASILEIRAS
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