v. 17 n. 2 (2023): MAIO-AGOSTO
MAIO-AGOSTO

Os produtos agroexportadores peruanos ganharam importância nos mercados mundiais nos últimos anos. Danton Arturo Escalante Yaulilahua, Jimena Melissa Olivera Recuay, Mayte Rocio Miranda Galván e Pedro Bernabé Venegas Rodríguez (Universidad Continental, Peru) estudam os cinco principais produtos peruanos contra produtos similares de outros países latino-americanos em um período de desenvolvimento pré-pandêmico e crise energética (2010-2019), analisando duas categorias: o nível de especialização e o nível de competitividade. Os autores destacam o alto nível de especialização em todos os produtos peruanos analisados, especialmente para a categoria Mirtilos; da mesma forma, Uvas, Mirtilos e Abacate apresentaram altos níveis de competitividade; enquanto que Café e Espargos foram os menos competitivos devido ao seu baixo desempenho na análise do nível de especialização.

A pandemia da COVID-19 teve grandes conseqüências econômicas nos mercados. Francisco Gálvez-Gamboa, Erik Muñoz-Henríquez e Andrés Valenzuela-Keller (Universidad Católica del Maule, Chile) analisam a relação entre o progresso dos programas de vacinação e os mercados financeiros latino-americanos. Uma abordagem de análise de coerência Wavelet é utilizada para avaliar o co-movimento dos mercados e o progresso das estratégias de vacinação com base em dados diários da Argentina, Brasil, Chile e México. Os autores concluem que o progresso dos programas de vacinação nos países da América Latina teve efeitos positivos e significativos em seus retornos nos mercados financeiros.

No artigo seguinte Daiane Inacio da Silva Nottar, Gislaine Siebre Cezar, Vinicius Abilio Martins e Geysler Rogis Flor Bertolini (Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil) tentam verificar a relação entre os indicadores e a volatilidade das ações dos intermediários financeiros listados no Índice BM&FBovespa no período das crises de 2008 e 2020 (COVID-19). Os métodos utilizados para a análise foram a correlação de Spearman, a regressão linear múltipla e o teste T. O período analisado refere-se ao ano de 2008, ao segundo semestre de 2019 e ao primeiro semestre de 2020, que incluem os períodos antes e durante as crises de 2008 e 2020. Para os autores, os resultados encontrados indicam que apenas o indicador da taxa de rotação total de ativos tem uma relação significativa com a volatilidade dos preços das ações.

O artigo seguinte, escrito por Daiane Antonini Bortoluzzi (Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Brasil), Januário José Monteiro (Norwich Business School, Reino Unido), Rogério João Lunkes e Fabricia Silva da Rosa (Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil), tem como objetivo analisar os efeitos do maquiavélico, do comprometimento organizacional e do controle pessoal sobre a folga orçamentária, pesquisando 150 gerentes de empresas listadas na Bolsa de Valores do Brasil (Brasil Bolsa Balcão-B3). Os resultados mostram que gerentes com alta pontuação no maquiavélico criam folga orçamentária, tendem a adotar controles de pessoal, de acordo com suas preferências. Também foi verificado que existe uma mediação parcial de controles de pessoal na relação entre maquiavélico e folga orçamentária. Os autores concluem que é necessário contratar indivíduos com traços de personalidade que aderem às preferências da empresa para ter funcionários comprometidos com a organização e menos inclinados a criar folga orçamentária.

Kátia Lemos, Sónia Monteiro e Vânia Oliveira (Instituto Politécnico do Cávado e Ave, Portugal) procuram identificar o grau de conformidade com as exigências de relatórios da IFRS 16, em seu primeiro ano de adoção obrigatória, e identificar seus determinantes. Os autores realizam uma análise de conteúdo dos relatórios e contas de uma amostra de empresas listadas na Euronext Lisbon, desenvolvendo um modelo de regressão linear múltipla, que assume a taxa de conformidade com a IFRS 16 como variável dependente, e algumas características da empresa como possíveis fatores explicativos. Os autores concluem que, no primeiro ano de adoção da IFRS 16, o nível médio de conformidade com os requisitos de divulgação da norma é de aproximadamente 0,66, e que as entidades com contas auditadas por uma das Quatro Grandes apresentam um nível de divulgação mais elevado do que aquelas auditadas por outras empresas de auditoria.

Os professores Anderson Betti Frare e Ilse Maria Beuren (Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Brasil) analisam os efeitos da personalidade pró-ativa no desempenho rotineiro do trabalho, considerando o papel mediador da auto-eficácia. Para isso, realizaram uma pesquisa com funcionários de uma das maiores empresas brasileiras que atua no segmento de serviços financeiros (fintech). Os dados foram analisados utilizando a modelagem da equação estrutural (PLS-SEM) e complementados pela análise do mapeamento de desempenho de importância (IPMA). Os autores concluem que a personalidade pró-ativa está direta e indiretamente (através da auto-eficácia) associada ao desempenho habitual do trabalho e que exibe maior importância e desempenho, em favor do desempenho rotineiro do trabalho.

Queremos, mais uma vez, agradecer a todos os que tornam possível o bom funcionamento da revista: aos membros do Conselho Consultivo, ao Conselho Editorial, Editores e Editores Associados da área, avaliadores, autores e, principalmente, aos leitores.

Editor Chefe

COMPETITIVIDAD LOCAL Y GLOBAL, Y PRODUCTIVIDAD E INNOVACIÓN TECNOLÓGICA

Danton Arturo Escalante Yaulilahua, Jimena Melissa Olivera Recuay, Mayte Rocio Miranda Galván, Pedro Bernabé Venegas Rodriguez
AGROEXPORTAÇÃO NO PERU: UMA ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS DE EXPORTAÇÃO PERUANOS (2010 - 2019)
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SISTEMAS DE GOBIERNO Y GOBERNABILIDAD

Daiane Antonini Bortoluzzi, Januário José Monteiro, Rogério Lunkes, Fabricia Silva da Rosa
EFEITOS DO MAQUIAVELISMO, COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL E CONTROLE DE PESSOAL NA FOLGA ORÇAMENTÁRIA
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RESPONSABILIDAD SOCIAL CORPORATIVA: INNOVACIÓN SOCIAL Y CREACIÓN DE EMPRESAS

Anderson Betti Frare, Ilse Maria Beuren
REFLEXOS DA PERSONALIDADE PROATIVA E DA AUTOEFICÁCIA NO DESEMPENHO ROTINEIRO NO TRABALHO EM UMA STARTUP
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