v. 19 n. 2 (2025)
No primeiro artigo, Ligia Isabel Beltrán-Urvina, Luis Clemente Calderón-Ayala, Edwin Vinicio Guerra-Miño, Byron Fabricio Acosta-Andino e Javier Alejandro Valenzuela Aguilar (Universidad Técnica del Norte, Equador) investigam a relação entre competitividade e liderança em custos, diferenciação e estratégias de foco nas empresas têxteis. Os autores identificam impactos significativos da estratégia de diferenciação e do foco na competitividade. A análise de clusters revelou que as empresas altamente competitivas são, em sua maioria, microempresas com 1 a 10 anos de mercado, que enfatizam a inovação, o design e as propostas de valor. Eles concluem que a adaptação dos produtos têxteis a segmentos específicos do mercado melhora a preferência do cliente e recomendam que os empresários reforcem essas estratégias.
A percepção sobre a inovação e a responsabilidade social corporativa (RSC) são importantes para a gestão estratégica das empresas. Nesse sentido, Pedro Severino-González (Universidad Católica del Maule, Chile), Jessica Lalangui-Ramírez, Luis Cedillo-Chalaco e María José Pérez-Espinoza (Universidad Metropolitana, Equador) analisam a influência da percepção sobre a inovação nas expectativas de RSC dos consumidores millennials dos serviços financeiros do Equador. Para os autores, os resultados demonstram que as percepções sobre inovações nas instituições financeiras influenciam levemente as percepções sobre a RSC dos consumidores millennials no setor financeiro equatoriano. Eles concluem que os achados podem ser usados no desenvolvimento de estratégias que contribuam para a criação de valor para os grupos de interesse.
O objetivo do próximo artigo é analisar os determinantes da implementação de ações de inovação com impacto ambiental em empresas chilenas. Para isso, Francisco Gálvez-Gamboa, Andrés Valenzuela-Keller (Universidad Católica del Maule, Chile) e Erik Muñoz-Henríquez (Universidad de Talca, Chile) utilizam um modelo de regressão logística com base em dados da Pesquisa Nacional de Inovação, com uma amostra de 1.143 empresas. Os resultados mostram que a inovação em processos e produtos determina as práticas de inovação com impacto ambiental. Os autores concluem que a inovação social, as redes com universidades, a melhoria da qualidade, a redução de custos e a incorporação das empresas são determinantes para a inovação com impacto ambiental.
Larissa dos Santos Pontes, Vinícius Costa da Silva Zonatto, Anderson Betti Frare e Camila da Silva Gonçalves Werner (Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Brasil) buscam avaliar a influência do engajamento no trabalho na relação entre o capital psicológico e o desempenho gerencial de 166 controllers que atuam no contexto orçamentário de diferentes organizações industriais no Brasil. Os resultados mostram que o capital psicológico, por meio das capacidades psicológicas de autoeficácia, esperança, otimismo e resiliência, atua como elemento potenciador do engajamento no trabalho, refletindo-se positivamente no vigor, dedicação e absorção dos controllers em suas atividades. Os autores concluem que as organizações que promovem o capital psicológico dos controllers e o engajamento no trabalho têm mais chances de melhorar o desempenho gerencial.
Paulo Vitor Souza de Souza (Universidade Federal do Paraná, Brasil), Gabriela Mel dos Santos Rêgo (Universidade Federal do Pará, Brasil) e Priscila Pontes Nunes (Universidade Federal de Pernambuco, Brasil) investigam o conservadorismo condicional nos demonstrativos contábeis regulatórios e societários de cooperativas de eletrificação brasileiras, utilizando dados da ANEEL (2011–2022) de 36 cooperativas. Os resultados mostraram algumas diferenças significativas, com o padrão regulatório apresentando uma perspectiva mais otimista, enquanto o padrão societário foi mais conservador. A qualidade da informação contábil varia conforme o padrão contábil, impactando a percepção sobre o conservadorismo. Segundo os autores, as conclusões são úteis para reguladores e cooperados, ampliando a compreensão sobre a qualidade da informação contábil em cooperativas de eletrificação.
No último artigo, Marco Amaral (Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, Portugal) busca analisar o efeito dos recursos intangíveis, ou seja, a eficiência do capital intelectual (CI), no desempenho financeiro dos sete maiores grupos bancários que operam em Portugal, no período de 2012 a 2023. O objetivo é avaliar se fatores como o Coeficiente de Valor Adicionado Intelectual (VAIC™), medido pela eficiência do capital humano, capital estrutural e capital empregado, influenciam o desempenho bancário, medido pelo retorno sobre o patrimônio líquido (RoE). Os resultados mostram uma relação positiva significativa entre o coeficiente VAIC™ e o RoE, bem como uma associação positiva significativa entre o desempenho e as variáveis de eficiência do capital humano e eficiência do capital empregado. Para os autor, isso sugere que o RoE captura o coeficiente de valor adicionado intelectual tanto do capital humano quanto do capital empregado.
Queremos, mais uma vez, agradecer a todos os que tornam possível o bom funcionamento da revista: aos membros do Conselho Consultivo, ao Conselho Editorial, Editores e Editores Associados da área, avaliadores, autores e, principalmente, aos leitores.
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